segunda-feira, 20 de julho de 2009

CARTA AO FIM.

Essa é a última vez que te escrevo qualquer coisa. Eu realmente não sei porque deixei chegar até aqui. Tenho certeza que pra você vai parecer muito estranho, afinal de contas “você gosta de mim e a última coisa que você quer é me deixar mal”, eu sei. Você não se cansa de repetir.

Eu já tentei. Já tentei explicar, e talvez o problema esteja em mim. Talvez você seja apenas uma pessoa doce e carinhosa que simplesmente não combina comigo. Mas eu me lembro. É como se tivesse dito ontem pra você: “Amor, eu não te exijo nada, apenas uma coisa: sinceridade! Nosso relacionamento chegou até aqui e daqui em diante precisa se aprofundar. Nunca esconda o que estiver pensando. Me diga tudo! Se eu fui grosso é porque quero que você saiba quem eu sou de verdade. Pare com birra”.

Há muito tempo que nosso relacionamento vem se desgastando. Eu não preciso me sentir mal, nem você. Pra nós, nada está dando certo. Nada. Estou sendo franco com você, como procuro ser sempre. Eu nem sequer sinto prazer de lembrar que nós ainda estamos juntos. Você pode ficar triste ao ler isso, mas NÃO FIQUE. Não vale a pena. Seja boazinha comigo e não me mande outra carta perguntando “por que?”. Se até agora você não se deu conta de que nosso relacionamento está me fazendo mal, então realmente nós não servimos para estarmos juntos. Minha intenção não é magoar você, mas eu necessito desabafar. Eu não estou feliz com a gente. Não estou. Pode ser uma fase – e há tempos que eu espero que seja. Mas assim como eu sei que meus atos interferem na sua vida, os seus interferem na minha. Então por favor, me diga alguma coisa que me faça enxergar tudo de um jeito diferente. Eu quero saber se o problema está comigo. Diga isso pra mim. E diga urgente. Fale alguma coisa, mas não fale as mesmas coisas.

Filipe Bezerra

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